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Essa mão de obra é valiosa, gratuita e capaz de transformar muitas realidades.
A voz do outro lado da linha
Ele não sabe quantas vidas já salvou, mas perdeu a conta de quantas pessoas já ouviu. O contador Anildo Fernandes, 64 anos, casado, pai de três filhos, e avô de um menino, há 12 anos tem a vida programada de acordo com a escala do Centro de Valorização da Vida (CVV). Ele é um dos 38 voluntários que têm como principal missão escutar quem já não se sente mais ouvido. É através do contato telefônico que Fernandes se coloca à disposição de quem precisa de uma conversa amiga.
O serviço é gratuito e pode ser acessado pelo 141 a qualquer hora do dia. "Em razão da quantidade de suicídios que acontecem, decidi que queria fazer alguma coisa", diz. A família inteira do contador é engajada de alguma maneira no trabalho voluntário. De acordo com ele, a doação do seu tempo para que o outro possa desabafar e, assim, encontrar uma saída para os seus problemas, é um trabalho de formiguinha e de equipe. Além disso é algo que faz bem para o próprio voluntário. Fernandes conta que deixou de lado o autoritarismo e aprendeu a ser mais flexível. "É uma coisa muito legal. É como diz aquela musica do Fábio Júnior: Dar de si além do próprio gesto, ensina.
Posted in: Ação Social
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